Cannabidiol é uma substância extraída da cannabis sativa e do cânhamo (ambas espécies cannabinaceas). O cannabidiol (CBD) contém mais de 400 substâncias, das quais 60 se classificam na categoria dos canabinóides.. Essa composição natural da planta, garante uma eficácia maior junto aos tratamentos a base de cannabis.
Essa substância tem efeitos analgésicos, sedativos e anticonvulsivos, por isso é utilizada principalmente em casos de dores crônicas e epilepsia. Pacientes que já não respondem a tratamentos tradicionais apresentam melhora significativa com a introdução do CBD, que também pode auxiliar em quadros de esclerose múltipla, mal de Parkinson, entre outras enfermidades.
 

Dizem que sabemos menos do nosso próprio organismo do que sabemos a respeito da Lua.
Talvez uma prova disso seja a própria descoberta do sistema endocanabinoide, que foi identificado pela primeira vez apenas em 1964.
O responsável pela descoberta foi o pesquisador lsraelense Dr Raphael Mechoulam. Após ficar intrigado com os efeitos da cannabis medicinal no corpo humano, ele iniciou uma incansável pesquisa e para surpresa de todos, descobriu um novo sistema no corpo humano " o sistema Endocanabinoide" , formado por uma série de enzimas presentes em diversos tecidos do corpo.
O sistema Endocanabinoide é um importante aliado da regulação e equilíbrio de uma série de processos fisiológicos no corpo humano. Entre outras funções, ele oferece conduções naturais para que o organismo se favoreça das propriedades terapêuticas da cannabis no enfrentamento de diversas doenças.
 

Sim. A Anvisa autorizou o uso terapêutico de cannabis medicinal em maio de 2015, por meio da RDC 17/2015. Essa resolução permitiu ao paciente   importar o produto mediante autorização expressa da Anvisa e receita médica. E, posteriormente, em dezembro de 2019 através da RDC 327/2019 regulamentou o registro do medicamento a base de cannabis no Brasil, dessa forma as vendas de produtos à base de cannabis passaram a serem feitas direto nos balcões das farmácias. Hoje além das vendas privadas (redes de drogarias e farmácias), também já são feitas compras de medicamentos de cannabis pelo sistema de saúde pública ( Sus), ao todo já são 11 estados autorizados a comprarem medicamentos a base de cannabis para distribuição direto sistema Sus de saúde, último estado a liberar a compra foi o Estado de São Paulo .

Desde 2015 a Anvisa liberou a importação de remédios derivados da cannabis sativa com prescrição médica e necessidade de autorização individual. Com a nova regulamentação rdc 327/2019 os pacientes passaram a poder comprar seus medicamentos derivados de cannabis direto nas redes de drogarias e farmácias em território brasileiro. Com esse avanço dentro da legislação brasileira, as empresas como a Akasha Meds Medicamentos, puderam se posicionar e ganhar mercado, nesse novo universo da medicina. 

A Rdc 660/22 é uma Resolução que define os critérios e os procedimentos para a importação de Produto derivado de Cannabis, por pessoa física, para uso próprio, mediante prescrição de profissional legalmente habilitado, para tratamento de saúde. Porém por se tratar da compra feita via importação pelo paciente munido da prescrição médica e registro para esse fim junto a anvisa, essa modalidade acaba trazendo uma espera grande para o paciente iniciar o tratamento, pois este depende da importação, além de encarecer o medicamento, pois além do custo do medicamento o paciente ainda arca com as taxas de importação.
Já a Rdc 327, permite que o paciente, após receber prescrição médica se dirija no mesmo momento até uma farmácia mais próxima e adquira seu medicamento de forma rápida, segura e sem arcar com as taxas de importação.

Criada pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro 1999, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é uma autarquia sob regime especial, que tem sede e foro no Distrito Federal, e está presente em todo o território nacional por meio das coordenações de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.
Tem por finalidade institucional promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.
O mercado da cannabis medicinal vem crescendo muito nos últimos anos em todo o mundo. A busca pela medicina para tratamento de diversas doenças se estendeu para diversas especialidades, com isso os países foram seguindo os modelos dentro das legislações que foram surgindo em países vizinhos, como EUA, Israel, Países da Europa, Uruguai entre outros. Os avanços dos protocolos de pesquisas concluídos ao longo de anos nos Eua, Israel e Europa, também fortaleceram e muito o avanço das legislações em diversos países, incluindo o Brasil. Dessa forma o papel da Anvisa, foi de suma importância para que a regulamentação da medicina canábica seguisse bem-sucedida. Uma vez que a responsabilidade da Anvisa é zelar pelo controle de qualidade dos medicamentos e dos usuários destes, evitando assim, riscos para população.

Apesar do grande avanço que tivemos com a pauta da cannabis medicinal no Brasil nos últimos anos, ainda o cultivo da cannabis no Brasil não é liberado. Porém, no Brasil, foram liberados o registro e a comercialização de medicamentos. Os laboratórios brasileiros por sua vez, podem manipular os insumos importados derivados da cannabis medicinal e seguirem com registros dos seus medicamentos junto a Anvisa, desde que comprovem toda a documentação de capacidade técnica e de licenças para este fim. 

A cannabis medicinal segue na categoria de medicamentos de uso controlado, dessa forma a prescrição do produto poderá ser feita por meio de um receituário do tipo B, também conhecido como “receita azul”. 

Médicos de todas as especialidades podem prescrever medicamentos a base de cannabis.